Fui indicada pra responder esse meme, originado lá no canal InesBooks, pela Anna, e ele não poderia ter aparecido em hora melhor, já que estava sendo cobrada por algumas blogueiras que eu adoro pra voltar a aparecer com alguns posts literários por aqui. Ainda não são as resenhas, mas estamos no caminho! Certo? São 15 perguntinhas muito legais sobre livros que, embora não tenham sido fáceis de responder, foram muito divertidas.
1) Vox Populi (um livro para recomendar a toda gente)
Recomendar um livro a toda genteé uma tarefa extremamente difícil porque é impossível agradar todo mundo. Mesmo assim, o livro que eu sinto vontade de recomendar pra qualquer um – independente de quais venham a ser as reações a ele – é O Grande Gatsby. Gatsby é uma obra que eu demorei uns quatro dias pra ler um capítulo, e uns três dias pra ler todo o resto (não que seja particularmente longo). Terminei numa madrugada de domingo para segunda porque precisava devolver pra biblioteca, e ler no meio da madrugada silenciosa os últimos parágrafos incríveis que Fitzgerald deu a essa narrativa foi quase um momento de iluminação. Naquele momento, Nick Carraway não falava mais só de Gatsby, ou só dele, ou só daqueles personagens, mas de todos nós, e gostaria que todo mundo pudesse passar pela mesma conexão que senti durante aqueles minutos, porque é uma das coisas mais incríveis que a arte pode fazer.
2) Maldito plágio (o livro que gostaríamos de ter escrito)
Eu sou uma grande defensora da literatura infanto-juvenil, do young-adult, do chick-lit e do que quer que seja que as pessoas gostam de ler. Não porque todos os livros sejam bons, mas porque todos podem ser bons, independente do gênero literário em que acabem caindo. Por isso, queria ter sido eu a autora de um dos YAs mais incríveis que eu já li e que está aí pra provar que pode ser tão bonito, tão rico e tão bem construído quanto um título que você encontra nas outras seções de literatura das livrarias. The Scorpio Races, da Maggie Stiefvater, é, segundo a própria autora, o livro que ela sempre quis escrever, mas que nunca tinha conseguido antes, apesar das inúmeras tentativas. Mas conseguiu, pra nossa sorte. É um livro sobre cavalos carnívoros e potencialmente assassinos que vêm do mar? É. E se você duvida que uma história dessas possa ser bela, eu te entendo. Mas eu peço que você supere a descrença, porque vai valer a pena.
3) Não vale a pena abater árvores por causa disso
Hoje em dia sou um pouco mais cuidadosa na hora de escolher os títulos que eu leio, e faz tempo que não detesto um livro em absolutamente tudo o que ele diz ou contém. Mas o livro mais decepcionante dos últimos tempos tem que ser A Lua de Mel, da minha querida rainha do chick-lit Sophie Kinsella. E eu digo isso com tristeza no coração, porque eu adoro a Sophie. Na narração dos momentos hilários da história, eu percebia que só podia ser dela. Mas o resto? Só... não. Você tem duas protagonistas e as motivações das duas ao longo de um livro inteiro (com quase 500 páginas) são: 1) conseguir fazer sexo e consumar o casamento com um cara que namorava e reencontrou dois dias atrás, no caso de uma; 2) impedir que a irmã faça isso, no caso da segunda. E isso é o livro inteirinho (com alguns poucos momentos com algum tipo de sentimento por atrás), vivido e narrado pelas protagonistas mais insossas que a Sophie já inscreveu e os interesses românticos mais insossos que ela já escreveu também, pra combinar bem. Vou ficar pra sempre me perguntando o que aconteceu.
4) Não és tu, sou eu (um livro bom, lido na altura errada)
Esse posto sempre vai ser de Um Dia, do David Nicholls, um livro adorado por quase toda a blogosfera literária em 2011 e um favorito de muita gente cujo gosto eu respeito muito. Na época, resenhei o livro, disse que gostei da proposta, gostei do desenvolvimento da proposta, mas simplesmente não consegui me conectar e terminei meio indiferente e, inclusive, disse que achava que era eu quem não tinha bagagem pra fazer essa conexão. Sei que preciso reler, e fico pensando que talvez nesse momento eu passe a amá-lo. Eu já vi e revi a adaptação dele pro cinema, e gostei muito nas duas vezes, apesar de sempre terminar com a sensação de que ele foi muito abrandado e deixou muito do espírito da obra original no meio do caminho. Resumo: preciso reler.
5) Eu tentei... (um livro que tentamos ler, mas não conseguimos)
Eu raramente abandono um livro. Sempre fico na esperança de que no final das contas ele vai ser pelo menos razoável. Dito isso, não aguentei ler nem um terço de uma das distopias mais ame-ou-odeie que eu já vi por aí: Feios, do Scott Westerfield, que não serviu nem para passar o tempo. Ideia possivelmente boa, mas com uma protagonista insuportável e uma narrativa chata e desinteressante. Não deu. E nem vai dar, desculpa, mundo.
6) Hã? (um livro que lemos e não percebemos nada OU um livro com final surpreendente)
O livro em si não teve um final surpreendente porque eu já tinha assistido à adaptação pro cinema alguns anos antes. Mas como essa é uma das melhores adaptações que eu já vi na vida, vou considera-lo mesmo assim: Reparação, do Ian McEwan. Vendo o filme pela primeira vez, eu não esperava de jeito nenhum que fosse me deparar com um final daqueles – e que compreensão dolorosa é a que você sente quando entende o que está acontecende. Eu obviamente já sabia qual era a conclusão quando peguei o livro pra ler, e, se tivesse feito uma leitura mais atenta, poderia ter buscado indícios de que aquele fim estava por vir na narrativa (incrível, incrível, incrível), mas não o fiz. O final foi surpreendente pra vocês também?
7) Foi tão bom, não foi? (um livro que devoramos)
Orgulho e Preconceito é um livro consideravelmente longo, consideravelmente antigo, e consideravelmente visto como entediante por um monte de gente. Dito isso, li pela primeira vez com uns 14 ou 15 anos e devo ter demorado um mês inteirinho pra terminar. Daí, ano passado, reli pra escrever um trabalho da faculdade e eu realmente não consegui largar, inclusive nas minhas viagens de ônibus. Não só amo/sou o romance entre nossa querida Lizzy e nosso maravilhoso Sr. Darcy, mas amo/sou essa narrativa divertidíssima e irônica, mas com toda a classe do mundo. Como no mundo tem gente que acha esse livro entediante pesquisar.
8) Entre livros e tachos (uma personagem que gostaríamos que cozinhasse para nós)
Passei uns bons minutos tentando pensar em um livro que eu tenha lido e que contivesse uma cozinheira de mão cheia, mas a verdade é que nada me veio à cabeça e até agora estou sem resposta. Talvez eu acabe me arrependendo quando lembrar de uma, mas por ora vou ficar com um certo recém-graduado emYale Eli misterioso que aprendeu a fazer panquecas nas férias de primavera (ao invés de ir passear com os coleguinhas) e que faz waffles na máquina que achou no lixo (mas ele limpou e consertou antes) que você encontra ao ler a - incrível! - série Sociedade Secreta, da Diana Peterfreund.
9) Fast forward (um livro que poderia ter menos páginas que não se perdia nada)
Li uma vez que Dickens era pago pela quantidade de palavras que escrevia. Deve ser lenda, mas explicaria as mais de 500 páginas de Grandes Esperanças. Tem uma história boa que daria uma excelente novela das seis (alô, Globo), o primeiro e o último volumes são muito bons (especialmente o primeiro), mas que livro... lento. É claro que não vou ser eu que vou afirmar que não se perderia nada se a gente desse uma enxugadinha na história de Pip, mas se fosse minha, faria isso sem dó.
10) Às cegas (um livro que escolheríamos só por causa do título)
A Elegância do Ouriço, da Muriel Barbery, é provavelmente o título mais curioso em toda a minha estante (na verdade, roubei o livro da minha mãe), talvez porque eu não tinha a menor ideia do que ele queria dizer ou a que se referia. Ele aparece dentro da narrativa, relacionando-o à sua protagonista, e eu entendi o porquê – e acho que foi muito bem escolhido. É um título curioso e inusitado para um livro curioso e inusitado que fala sobre personagens sem dúvida curiosas e inusitadas. Também por isso, muito bem escolhido.
11) O que vale é o interior (um livro bom com a capa feia)
Esse é um tópico com milhares de respostas possíveis, e aqui fica meu apelo às editoras: tenham mais carinho na escolha das capas de livros incríveis (aliás, livros ruins com capas lindas também estão por todos os lados. Que desperdício). Eu tenho muita agonia de capas com modelos, especialmente num superclose, como é o caso de Antes Que Eu Vá, da Lauren Oliver. Não que a modelo seja feia ou qualquer coisa, e a expressão no rosto dela não está errada nem nada. Mas é que... Tem necessidade dessas capas com cabeças gigantes? Embora a capa me dê agonia, o livro é incrível, cheio de sentimento verdadeiro, com personagens muito bem escritos e outro daqueles títulos de YA que nos enchem de orgulho.
12) Rir é o melhor remédio (um livro que nos tenha feito rir)
Na minha timeline do twitter tem havido muita discussão sobre a qualidade do que a Meg Cabot tem produzido ultimamente, que é uma coisa que eu também questiono. Mesmo assim, na fase de outro da autora, ela escreveu muita coisa divertidíssima. O meu favorito entre eles é Todo Garoto Tem, todo narrado em forma de e-mails ou diários, e é Meg Cabot em sua melhor forma. Ria alto das coisas que Jane e Cal diziam, especialmente desse último porque ele era tão... mal humorado. Saudades desses livrinhos, por sinal.
13) Tragam-me os Kleenex, faz favor (um livro que nos tenha feito chorar)
Eu já contei pra vocês que tem alguns anos que me fazer chorar não é mérito nenhum, visto que eu choro por tudo. Mas eu nem sempre fui assim, e é por isso que lembro tão bem do quanto chorei lá nos meus treze anos lendo Meninas de Calças, o terceiro volume da saga dos jeans viajantes. Chorei muito numa cena em que uma personagem está tendo um bebê (porque eu sou extremamente sensível com esses milagres diários da vida) e chorei ainda mais ao final ao ler, numa história que fala sobre amizade antes de falar sobre qualquer outra coisa, que "Naquele tempo, lá atrás, era exatamente como agora. Para enfrentar a correnteza, aprendemos a nos dar as mãos".
14) Esse livro tem um V de volta (um livro que não emprestaríamos a ninguém)
Pra essa pergunta, sinceramente, não tenho resposta. Não tenho nenhum livro raro nem nenhuma edição especial ou com a qual eu não viveria sem. A crença de que os livros estão aí para serem lidos e amados pelo maior número de pessoas possível é mais forte do que meu apreço pelas minhas edições em hardcover que não têm nem um amassadinho. Quanto mais eu amar um livro, maior a chance de eu querer te emprestar. Desde que você me devolva com todas as partes no lugar e sem derrubar café em cima, claro.
15) Espera aí que eu já te atendo (um livro ou autor que estamos constantemente a adiar)
Tem quase um ano que um livro que eu queria muito ler e dei a sorte de encontrar pela metade do preço na Cultura está repousando na minha estante esperando sua vez e sendo passado pra trás: A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende. Já ouvi muitas coisas boas a respeito, já li resenhas que recomendavam o livro pra todas as mulheres, tenho curiosidade a respeito e acho vergonhoso o quanto eu não li dos (provavelmente) incríveis autores latino-americanos, e esse pode ser o pontapé inicial. Por isso, eu garanto, vou ler. Assim que eu tiver tempo pra me dedicar direito à leitura (porque o livro é bem... longo).
Por último, claro, as indicações: passo pra Mell, pra Amanda, pra Lisa e pra quem mais tiver interesse.
(PS: estou muito chateada com a presença de zero títulos brasileiros nessa lista. Um dia ainda vou escrever um post sobre os clássicos brasileiros que eu amo e que queria que todo mundo amasse também).

Recomendar um livro a toda genteé uma tarefa extremamente difícil porque é impossível agradar todo mundo. Mesmo assim, o livro que eu sinto vontade de recomendar pra qualquer um – independente de quais venham a ser as reações a ele – é O Grande Gatsby. Gatsby é uma obra que eu demorei uns quatro dias pra ler um capítulo, e uns três dias pra ler todo o resto (não que seja particularmente longo). Terminei numa madrugada de domingo para segunda porque precisava devolver pra biblioteca, e ler no meio da madrugada silenciosa os últimos parágrafos incríveis que Fitzgerald deu a essa narrativa foi quase um momento de iluminação. Naquele momento, Nick Carraway não falava mais só de Gatsby, ou só dele, ou só daqueles personagens, mas de todos nós, e gostaria que todo mundo pudesse passar pela mesma conexão que senti durante aqueles minutos, porque é uma das coisas mais incríveis que a arte pode fazer.

Eu sou uma grande defensora da literatura infanto-juvenil, do young-adult, do chick-lit e do que quer que seja que as pessoas gostam de ler. Não porque todos os livros sejam bons, mas porque todos podem ser bons, independente do gênero literário em que acabem caindo. Por isso, queria ter sido eu a autora de um dos YAs mais incríveis que eu já li e que está aí pra provar que pode ser tão bonito, tão rico e tão bem construído quanto um título que você encontra nas outras seções de literatura das livrarias. The Scorpio Races, da Maggie Stiefvater, é, segundo a própria autora, o livro que ela sempre quis escrever, mas que nunca tinha conseguido antes, apesar das inúmeras tentativas. Mas conseguiu, pra nossa sorte. É um livro sobre cavalos carnívoros e potencialmente assassinos que vêm do mar? É. E se você duvida que uma história dessas possa ser bela, eu te entendo. Mas eu peço que você supere a descrença, porque vai valer a pena.

Hoje em dia sou um pouco mais cuidadosa na hora de escolher os títulos que eu leio, e faz tempo que não detesto um livro em absolutamente tudo o que ele diz ou contém. Mas o livro mais decepcionante dos últimos tempos tem que ser A Lua de Mel, da minha querida rainha do chick-lit Sophie Kinsella. E eu digo isso com tristeza no coração, porque eu adoro a Sophie. Na narração dos momentos hilários da história, eu percebia que só podia ser dela. Mas o resto? Só... não. Você tem duas protagonistas e as motivações das duas ao longo de um livro inteiro (com quase 500 páginas) são: 1) conseguir fazer sexo e consumar o casamento com um cara que namorava e reencontrou dois dias atrás, no caso de uma; 2) impedir que a irmã faça isso, no caso da segunda. E isso é o livro inteirinho (com alguns poucos momentos com algum tipo de sentimento por atrás), vivido e narrado pelas protagonistas mais insossas que a Sophie já inscreveu e os interesses românticos mais insossos que ela já escreveu também, pra combinar bem. Vou ficar pra sempre me perguntando o que aconteceu.

Esse posto sempre vai ser de Um Dia, do David Nicholls, um livro adorado por quase toda a blogosfera literária em 2011 e um favorito de muita gente cujo gosto eu respeito muito. Na época, resenhei o livro, disse que gostei da proposta, gostei do desenvolvimento da proposta, mas simplesmente não consegui me conectar e terminei meio indiferente e, inclusive, disse que achava que era eu quem não tinha bagagem pra fazer essa conexão. Sei que preciso reler, e fico pensando que talvez nesse momento eu passe a amá-lo. Eu já vi e revi a adaptação dele pro cinema, e gostei muito nas duas vezes, apesar de sempre terminar com a sensação de que ele foi muito abrandado e deixou muito do espírito da obra original no meio do caminho. Resumo: preciso reler.

Eu raramente abandono um livro. Sempre fico na esperança de que no final das contas ele vai ser pelo menos razoável. Dito isso, não aguentei ler nem um terço de uma das distopias mais ame-ou-odeie que eu já vi por aí: Feios, do Scott Westerfield, que não serviu nem para passar o tempo. Ideia possivelmente boa, mas com uma protagonista insuportável e uma narrativa chata e desinteressante. Não deu. E nem vai dar, desculpa, mundo.
6) Hã? (um livro que lemos e não percebemos nada OU um livro com final surpreendente)
O livro em si não teve um final surpreendente porque eu já tinha assistido à adaptação pro cinema alguns anos antes. Mas como essa é uma das melhores adaptações que eu já vi na vida, vou considera-lo mesmo assim: Reparação, do Ian McEwan. Vendo o filme pela primeira vez, eu não esperava de jeito nenhum que fosse me deparar com um final daqueles – e que compreensão dolorosa é a que você sente quando entende o que está acontecende. Eu obviamente já sabia qual era a conclusão quando peguei o livro pra ler, e, se tivesse feito uma leitura mais atenta, poderia ter buscado indícios de que aquele fim estava por vir na narrativa (incrível, incrível, incrível), mas não o fiz. O final foi surpreendente pra vocês também?

Orgulho e Preconceito é um livro consideravelmente longo, consideravelmente antigo, e consideravelmente visto como entediante por um monte de gente. Dito isso, li pela primeira vez com uns 14 ou 15 anos e devo ter demorado um mês inteirinho pra terminar. Daí, ano passado, reli pra escrever um trabalho da faculdade e eu realmente não consegui largar, inclusive nas minhas viagens de ônibus. Não só amo/sou o romance entre nossa querida Lizzy e nosso maravilhoso Sr. Darcy, mas amo/sou essa narrativa divertidíssima e irônica, mas com toda a classe do mundo. Como no mundo tem gente que acha esse livro entediante pesquisar.

Passei uns bons minutos tentando pensar em um livro que eu tenha lido e que contivesse uma cozinheira de mão cheia, mas a verdade é que nada me veio à cabeça e até agora estou sem resposta. Talvez eu acabe me arrependendo quando lembrar de uma, mas por ora vou ficar com um certo recém-graduado em

Li uma vez que Dickens era pago pela quantidade de palavras que escrevia. Deve ser lenda, mas explicaria as mais de 500 páginas de Grandes Esperanças. Tem uma história boa que daria uma excelente novela das seis (alô, Globo), o primeiro e o último volumes são muito bons (especialmente o primeiro), mas que livro... lento. É claro que não vou ser eu que vou afirmar que não se perderia nada se a gente desse uma enxugadinha na história de Pip, mas se fosse minha, faria isso sem dó.

A Elegância do Ouriço, da Muriel Barbery, é provavelmente o título mais curioso em toda a minha estante (na verdade, roubei o livro da minha mãe), talvez porque eu não tinha a menor ideia do que ele queria dizer ou a que se referia. Ele aparece dentro da narrativa, relacionando-o à sua protagonista, e eu entendi o porquê – e acho que foi muito bem escolhido. É um título curioso e inusitado para um livro curioso e inusitado que fala sobre personagens sem dúvida curiosas e inusitadas. Também por isso, muito bem escolhido.

Esse é um tópico com milhares de respostas possíveis, e aqui fica meu apelo às editoras: tenham mais carinho na escolha das capas de livros incríveis (aliás, livros ruins com capas lindas também estão por todos os lados. Que desperdício). Eu tenho muita agonia de capas com modelos, especialmente num superclose, como é o caso de Antes Que Eu Vá, da Lauren Oliver. Não que a modelo seja feia ou qualquer coisa, e a expressão no rosto dela não está errada nem nada. Mas é que... Tem necessidade dessas capas com cabeças gigantes? Embora a capa me dê agonia, o livro é incrível, cheio de sentimento verdadeiro, com personagens muito bem escritos e outro daqueles títulos de YA que nos enchem de orgulho.

Na minha timeline do twitter tem havido muita discussão sobre a qualidade do que a Meg Cabot tem produzido ultimamente, que é uma coisa que eu também questiono. Mesmo assim, na fase de outro da autora, ela escreveu muita coisa divertidíssima. O meu favorito entre eles é Todo Garoto Tem, todo narrado em forma de e-mails ou diários, e é Meg Cabot em sua melhor forma. Ria alto das coisas que Jane e Cal diziam, especialmente desse último porque ele era tão... mal humorado. Saudades desses livrinhos, por sinal.

Eu já contei pra vocês que tem alguns anos que me fazer chorar não é mérito nenhum, visto que eu choro por tudo. Mas eu nem sempre fui assim, e é por isso que lembro tão bem do quanto chorei lá nos meus treze anos lendo Meninas de Calças, o terceiro volume da saga dos jeans viajantes. Chorei muito numa cena em que uma personagem está tendo um bebê (porque eu sou extremamente sensível com esses milagres diários da vida) e chorei ainda mais ao final ao ler, numa história que fala sobre amizade antes de falar sobre qualquer outra coisa, que "Naquele tempo, lá atrás, era exatamente como agora. Para enfrentar a correnteza, aprendemos a nos dar as mãos".
14) Esse livro tem um V de volta (um livro que não emprestaríamos a ninguém)
Pra essa pergunta, sinceramente, não tenho resposta. Não tenho nenhum livro raro nem nenhuma edição especial ou com a qual eu não viveria sem. A crença de que os livros estão aí para serem lidos e amados pelo maior número de pessoas possível é mais forte do que meu apreço pelas minhas edições em hardcover que não têm nem um amassadinho. Quanto mais eu amar um livro, maior a chance de eu querer te emprestar. Desde que você me devolva com todas as partes no lugar e sem derrubar café em cima, claro.

Tem quase um ano que um livro que eu queria muito ler e dei a sorte de encontrar pela metade do preço na Cultura está repousando na minha estante esperando sua vez e sendo passado pra trás: A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende. Já ouvi muitas coisas boas a respeito, já li resenhas que recomendavam o livro pra todas as mulheres, tenho curiosidade a respeito e acho vergonhoso o quanto eu não li dos (provavelmente) incríveis autores latino-americanos, e esse pode ser o pontapé inicial. Por isso, eu garanto, vou ler. Assim que eu tiver tempo pra me dedicar direito à leitura (porque o livro é bem... longo).
Por último, claro, as indicações: passo pra Mell, pra Amanda, pra Lisa e pra quem mais tiver interesse.
(PS: estou muito chateada com a presença de zero títulos brasileiros nessa lista. Um dia ainda vou escrever um post sobre os clássicos brasileiros que eu amo e que queria que todo mundo amasse também).