Depois do post passado, estamos de volta à programação normal (pra um blog pessoal, esse aqui consegue ser bem impessoal, né?). Espero que vocês gostem desses comentários sobre filmes, porque são os mais fáceis de começar e terminar (inclusive estou pensando em expandir para "o que andei lendo" - vamos analisar).
Disse no post sobre os filmes de fevereiro que queria tentar manter o ritmo, mas que duvidava que isso fosse acontecer. E eu obviamente estava certa (geralmente diminui até eu não ver nada). Março começou e terminou com dois filmes bem ruins, mas, em compensação, tiveram alguns ótimos e eu queria muito falar deles. Vamos à lista, então?
Versos de um Crime (John Krokidas, 2013): Seguimos na batalha que é acompanhar a carreira do Dan Radcliffe. Em relação a What If, esse aqui é bem mais interessante, ou pelo menos o personagem dele é. Mas eu deveria estar vendo um filme sobre os escritores da geração beat e sua new vision (zzzz) e seus comentários sobre sonetos e suas pranks na biblioteca? Provavelmente não. Mesmo assim, é uma história boa, especialmente a do Lucien Carr. Pena que a montagem de algumas cenas importantes - tipo a do assassinato - foi tão brega. Enfim, né, gente. Vocês gostam de Jack Kerouac e de Allen Ginsberg? Preguiça. (Beijo pro Dan, que atuou bem bonitinho aqui) (Fernanda, a vergonha entre os estudantes de literatura) (prefiro coisa velha, desculpa).
Palácio das Ilusões (Patricia Rozema, 1999): Mansfield Park parece ser o romance mais universalmente detestado da Jane Austen, mas eu confesso que gosto bastante. Essa adaptação, como geralmente acontece com filmes de época, é bonita e é agradável. Fiquei com a impressão de que transformaram a Fanny Price numa protagonista menos inerte e molenga, e não posso reclamar disso. Mas o filme é meio arrastado, e pareceu durar bem mais do que duas horas. E, claro, essa adaptação é meio infame porque duas pessoas são pegas transando, e um caderno com desenhos obscenos é mostrado. O que, convenhamos, é meio estranho em uma adaptação de Jane Austen.
Minhas Tardes com Margueritte (Jean Becker, 2010): É tão bom sair do esquema dos filmes americanos de vez em quando. É como um sopro de ar fresco. Que filme mais bonitinho e agradável e amor. Terminei com o coração aquecido, dei uma choradinha básica e adorei. Bonita homenagem às amizades não convencionais, às pessoas que conseguem enxergar nos outros muito mais do que eles enxergam em si mesmos, e, é claro, às palavras e aos livros. Vejam.
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A Duquesa (Saul Dibb, 2008): Vocês sabem que eu adoro filmes de época, obviamente, e eu adoro que a Keira Knightley está sempre nos filmes de época, porque ela é ótima. Assim como a personagem dela nesse filme, que fez tudo que uma mulher decente da época não deveria fazer, dando um belo tapa na cara da sociedade e do marido horrendo dela. Mas ainda que a personagem seja excelente e que o filme seja corretinho e tudo mais (e bonito!) e que o Ralph Fiennes seja excelente, nada me empolgou muito e, não sei, queria algo a mais?
O Abutre (Dan Gilroy, 2014): Eu estava querendo muito assistir a esse filme, e agora estou arrependida por não ter ido ver no cinema, porque que filme! Cadê a indicação ao Oscar, especialmente do Jake Gyllenhaal, que está maravilhoso? (Só mais um dia na vida, com a Academia perdendo um pouquinho mais do meu respeito). Eu amo histórias que colocam o jornalismo em foco, e essa aqui é ainda melhor por mostrar bem cruamente os caminhos do jornalismo sensacionalista, que é bem nojento. Toda a tensão no filme é ótima, muito bem construída, tem cenas poderosíssimas e um protagonista bem marcante com toda a sua falta de limites e humanidade. Vejam, sério.
Chef (Jon Favreau, 2014): Descoberta do Netflix pela qual eu me apaixonei. É um filme bem simples e nada inovador, mas ele acerta tanto no que se propõe a fazer que não tem como não adorar. Acerta na construção das desilusões e frustrações do protagonista, acerta na construção da relação de pai e filho, acerta na integração das redes sociais ao enredo, e acerta na comida, óbvio. Acho meio impossível terminar esse filme sem querer: 1) um daqueles sanduíches, por favor; 2) viajar os Estados Unidos num trailer (numa ~food truck); 3) querer ir atrás da trilha sonora. Excelente filme de domingo.
Insurgente (Robert Schwentke, 2015): Gastei dez reais pra ver um filme que estava sendo detonado e que adapta um livro do qual eu não gostei? Gastei, sim, e nem consegui me arrepender. Março teve alguns dias complicados, e esse filme foi uma das coisas que me distraíram completamente quando eu estava precisando. Ah, vai, gente, a história é bacaninha, apesar do final meio... Er, meio nada a ver. As cenas de ação são boas. A Shailene Woodley é bem talentosa. O elenco de apoio tem um pessoal bem competente (nós vamos falar sobre como Miles Teller é bom? Eu nem lembrava que o personagem dele existia, e ele acabou parecendo um ótimo personagem). Teve efeitos bonitos. E achei curioso que, apesar de eu ter lido o livro, não lembrava de nada mesmo - então foi tudo uma surpresa. É sempre mais bacana assistir sem saber o que vem depois.
Namoro ou Liberdade (Tom Gormican, 2014): Primeiro que se passa no outono nova-iorquino, que é bem bonito. Segundo que eu olho pro Michael B. Jordan e só consigo lembrar de:
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Saudades Vince You changed my life, coach Howard, saudades Friday Night Lights. Ok, acabou o merchan de FNL (desculpa, risos), vamos falar sobre o filme, né? Bem ruim. Assim, bem ruim mesmo. Pior do que isso é que eu ri de várias das piadas bestas, naquele humor bem hollywoodiano e sem esforço nenhum. A notícia boa é que o Zac Efron é bem bonito, e os três atores principais têm carisma suficiente pra sustentar seus personagens meia-boca. Esse filme é um grande rom-com meets bro-movie, e eu sinceramente preferiria só a parte da rom-com.
A conclusão do mês é que preciso ver filmes melhores. Aposto que vocês concordam.
Disse no post sobre os filmes de fevereiro que queria tentar manter o ritmo, mas que duvidava que isso fosse acontecer. E eu obviamente estava certa (geralmente diminui até eu não ver nada). Março começou e terminou com dois filmes bem ruins, mas, em compensação, tiveram alguns ótimos e eu queria muito falar deles. Vamos à lista, então?




A Duquesa (Saul Dibb, 2008): Vocês sabem que eu adoro filmes de época, obviamente, e eu adoro que a Keira Knightley está sempre nos filmes de época, porque ela é ótima. Assim como a personagem dela nesse filme, que fez tudo que uma mulher decente da época não deveria fazer, dando um belo tapa na cara da sociedade e do marido horrendo dela. Mas ainda que a personagem seja excelente e que o filme seja corretinho e tudo mais (e bonito!) e que o Ralph Fiennes seja excelente, nada me empolgou muito e, não sei, queria algo a mais?



Namoro ou Liberdade (Tom Gormican, 2014): Primeiro que se passa no outono nova-iorquino, que é bem bonito. Segundo que eu olho pro Michael B. Jordan e só consigo lembrar de:




A conclusão do mês é que preciso ver filmes melhores. Aposto que vocês concordam.